"A poesia é oferecida a cada pessoa só uma vez e o efeito da negação é irreversível. O amor é oferecido raramente e aquele que o nega algumas vezes depois não o encontra mais..." - Sofia de Mello Breyner Andresen,
terça-feira, abril 23, 2019
"Sentença"
A sentença é esta
Está dada.
Sempre esteve.
Basta "ler"
Não há dúvidas
E vede….
As motivações
Os interesses
O que move!
O resto, é sempre o resto!
O passado
As referências
As raízes têm ecos
Em nós!
todos os dias
a todos os instantes
E o sangue do sangue
O que jorra
em corrente sanguínea
grita mais alto
Os vícios apegam-se
Entranham-se
E sem Dizeres o
Que nunca disseste
ficará sempre
Por fazer, para melhor
O que vier.
e existe futuro?
Não existe futuro.
Deslumbrante é o futuro
E enganador e sedutor
A derradeira jornada
é encantar,
nunca se sabe
Do que nunca se vê.
As perguntas
São sempre as erradas
E as respostas
As certas,
moram em cada um
Nas pequenas linhas
do rosto através de esgares
às vezes fogem,
escapolem!
E conseguem ler-se!
Julga-se que é o futuro,
Existe O hoje,
E apenas isso!
Somente
Não o compreendemos.
É como o agrado,
Sabemos só…
Que o queremos,
mesmo quando não
O temos!
É o que não vemos
É o que não tocamos
É ...
O que é tanto que julgamos saber
Na nossa pequenez.
Quando amamos, estamos em perigo
Porque nos inquieta
Porque nos perturba!
É impossível esquecer.
Nem tudo …
sempre depende de nós
Há quem não consiga estar
com quem ama
Não consiga amar
com quem está..
Tudo o que o rodeia
De aspeto amoroso
sem rede
é hipótese
é conjetura
não se sabe
não se vive..
E quer-se o que se conhece
a conquista
o conhecimento
a particularidade
aos olhos de um purista
são elementos essenciais
à sua sobrevivência.
É a oposição à mudança
handicap que vence
não deixa caminhar
e deixamos de ser:
O conforto é a segurança
A segurança é o conforto
Se o conforto é seguro
qual o motivo
de empatar, de dominar,
Ludibriar situações
Só para o poder ter prazer.
O poder encomenda
E a disciplina de governar
ao domínio encarna
E doma.
A sentença dada!
Basta "ler"!
Proporcionalidade
Há quem se esconda e chame aos seus problemas por resolver, de proporcionais, sendo que é uma questão de proporcionalidade relacioná-los com os problemas que se passam no resto do mundo.
Como se se pudesse comparar por vários e diferentes motivos como a fome, a pobreza, a guerra, a violência quando são outro tipo de problemas. Certo que são graves, no entanto, não se podem incluir no mesmo saco.
Nem posso afirmar e querer pensar que toda a gente tem a mesma perspectiva e veja da mesma maneira.
Assim, ninguém resolvia os seus problemas pessoais. Toda a gente ficava refém deles. E não se avançava na vida. Não se avançava no mundo. Feliz ou infelizmente a vida acontece. O mundo acontece.
A resolução dos problemas de cada um são encarados na medida da sua coragem, da sua vivência e da sua capacidade de os querer resolver, i.e. em cada indivíduo. E se têm ou não a devida importância para a sua vida. Ou se a sua vida depende disso. Ou se isso acrescenta algo de tal forma que a completa. Essa é a grande verdade dentro de cada um.
Não se pode desculpar a sua não solução com o facto de se invocar a proporcionalidade dos outros problemas e tão mais graves.
Isso surge como uma tentativa de desvio de atenção para não se resolver os nossos.
Claro que não se pode nem se deve descurar os verdadeiros problemas do mundo. Como a fome e a guerra e os desastres naturais, mas só os invocamos numa situação destas para justificar a falta de solução dos nossos.
Pois fica bem importarmo-nos, no entanto, nenhuma ou pouca gente faz, verdadeiramente, algo para que eles diminuam. Simplesmente, parece bem fazer-se notar aos outros, importarmo-nos com isso.
Mas importarmo-nos com isso, verdadeiramente, e que faça a diferença, contam-se pelos dedos.
Ninguém consegue admitir a expiação dos seus erros e pecados.
E por piores que eles sejam em detrimento dos nossos, se os relativizamos é porque não são assim tão importantes.
É porque conseguimos conviver com eles, é porque não nos incomodam, é porque a nossa sobrevivência não depende deles, e jamais queremos resolvê -los.
E como tal não são problemas. São apenas questões simples que fazem parte da história e que são pequeninas e obscenas.
A importância é diretamente proporcional à relativização que lhes damos.
Como se se pudesse comparar por vários e diferentes motivos como a fome, a pobreza, a guerra, a violência quando são outro tipo de problemas. Certo que são graves, no entanto, não se podem incluir no mesmo saco.
Nem posso afirmar e querer pensar que toda a gente tem a mesma perspectiva e veja da mesma maneira.
Assim, ninguém resolvia os seus problemas pessoais. Toda a gente ficava refém deles. E não se avançava na vida. Não se avançava no mundo. Feliz ou infelizmente a vida acontece. O mundo acontece.
A resolução dos problemas de cada um são encarados na medida da sua coragem, da sua vivência e da sua capacidade de os querer resolver, i.e. em cada indivíduo. E se têm ou não a devida importância para a sua vida. Ou se a sua vida depende disso. Ou se isso acrescenta algo de tal forma que a completa. Essa é a grande verdade dentro de cada um.
Não se pode desculpar a sua não solução com o facto de se invocar a proporcionalidade dos outros problemas e tão mais graves.
Isso surge como uma tentativa de desvio de atenção para não se resolver os nossos.
Claro que não se pode nem se deve descurar os verdadeiros problemas do mundo. Como a fome e a guerra e os desastres naturais, mas só os invocamos numa situação destas para justificar a falta de solução dos nossos.
Pois fica bem importarmo-nos, no entanto, nenhuma ou pouca gente faz, verdadeiramente, algo para que eles diminuam. Simplesmente, parece bem fazer-se notar aos outros, importarmo-nos com isso.
Mas importarmo-nos com isso, verdadeiramente, e que faça a diferença, contam-se pelos dedos.
Ninguém consegue admitir a expiação dos seus erros e pecados.
E por piores que eles sejam em detrimento dos nossos, se os relativizamos é porque não são assim tão importantes.
É porque conseguimos conviver com eles, é porque não nos incomodam, é porque a nossa sobrevivência não depende deles, e jamais queremos resolvê -los.
E como tal não são problemas. São apenas questões simples que fazem parte da história e que são pequeninas e obscenas.
A importância é diretamente proporcional à relativização que lhes damos.
quinta-feira, abril 11, 2019
Livre
Ama-me quando te sentires livre
Podem vir mil amores Mas é pelo teu que espero Ou então não ames Não abraces não escrevas Lembra só do que te disse E viverá para sempre Dói, doeu tanto Doerá sempre E se o único remédio É deixar doer e, Dói ainda mais hoje Deixarei que deixe doer Até que deixes de me ficar ... Ou podes ficar-me para sempre Mas acreditas???
Voltei…
E para te escutar
Estou aqui para ti
Nunca deixei de estar
Nunca me fui embora!
Ficarei …
Se me quiseres
Com a tua verdade
confiarei
Só te peço…
sem mentiras. Gosto de quem sabe onde me quer E se não sabes sequer Não uses mais conversa E se for bem feita em diante Tudo compensa o que para a frente vier Não quero procurar alguém Que não me espere
Nem que me não queira
Não me interessa saber
De que modo.
E
Se me fazes sentir Mulher Se me provocas desassossego
se pulo, se choro, se rio,
se te chamo para mim
ou se grito sem rede:
Amo-te, sempre te amei.
És uma extensão de mim…
Amo-te no sossego à noite e na manhã agitada
Na ausência e na mente acompanhas-me sempre!
Amo-te de longe… e ainda és parte de mim!
Disse-to poucas vezes, eu sei!
E posso ter fugido de ti
Mas voltei só
Para te dizer que ainda te amo
Tens medo. Não tenhas.
Lembras-te:
Sem autorização e do nada
À minha vida me ataste.
De propósito ou não,
Bastou o meu coração por ti perdido.
Fizeste-me conhecer o teu mundo,
E tentei unir forças, armas e defesas.
Sem saber como, já eras a outra metade
A que me faltava.
Fizeste-me fazer todas as coisas que sem ti não
faria.
Ontem, capazes de ir à guerra.
Hoje, sem coragem para dar um só passo.
|
Com os olhos, os dedos finos, e sempre de novo as
palavras.
Já quis deixar de ser eu
Amanhã, o abraço sem braços bastantes.
Hoje, um sorriso.
Hoje, um abraço quente.
Hoje, a felicidade nos teus olhos.
Amanhã, feminina, imperativa, eloquente para ti.
Era esse o nosso medo,
E continuo a ouvir-te no silêncio.
terça-feira, abril 02, 2019
Sei-o
Se te digo o que quero
Ao dizer o que não quero
Não sabes que te quero???
Se te afastei ...
E tu ainda me sabes aqui
Porque foges se o sabes?
Sabes que te quero
Não te quero, se me foges.
Não sabes se te amo
E eu sei se me amas?
Fugiremos um do outro?
Quando o nosso amor nos sabe
E o queremos aqui...
Acreditas em nós,
em meros, em acasos?
Soa que não por aqui ...
Mas sabes que te vi....
E mais uma vez me perdi...
E a década que estive sem ti
Só te quis que te perdesses
E me tivesses em ti
O pior foi: o eu te olhar
O universo brinca, testa e
Prega partidas
Não se tem em preguiçoso
Nunca dorme e
Atinge certeiro a alma!
fez-me relembrar-te,
De nunca me saíste
e o restante alinhamento
Às almas coube!
Sei que te estou no coração,
Sei que nunca de lá saí,
Sei que na ausência,
e que me soube a uma década
É o tempo que me diz!
E ele também me diz que
A aceitação e o resignar em ti,
Foi o Te respeitares
E não o lutares por mim
Crês no que se passou?
Só impávido te senti
nunca contrariado, te vi
Nem te li
Ou te ouvi dizer que sim
Que me querias para ti.
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