segunda-feira, novembro 28, 2005

Um domingo qualquer,

uma exposição agradavel.

http://www.gulbenkian.pt/v1/home.asp
Vento discorde, circundante,
Traz, de novo, contigo o poder de uma doce metamorfose
Entre pétalas e ramagens,
anuncias rendez-vous esbatido em cores e cheiros.
Assemelhas-te a, ósculos que ao de leve tocam e marcam.

Em tempos, jorravas brisa constrangida, numa jocosidade impetuosa,
Recordo um rio a fluir, maresia, o mar profundo …
torrentes espalhadas figurantes, entrelaçavam-se em vagas
dilaceradas por qualquer embarcação.
No entanto, mimavas a imensidão pura e selvática,
Sabia o que fazer... descaradamente me alumiavas.

Continuas a ser aquele beijo que nunca mais vi,
Para mim eras mar e vento,
Eras a natureza em bruto,
A nostalgia lembra-te belo e ténue
Época houve, em que me perdia em ti,
Uniam-se à minha chegada e,
Eras uma doçura, quase incompreensível ao sabor.

Gosto, toque, doce ainda te tenho na boca.
Hoje belicosamente só me sabes a sal,
tormentas interiores abandonadas em saliva,
sobrevivem às reminiscências …
Desejo. Visualizo-te. Ao longe. És degrau superior.
Porque me enjeitas.
Longos foram os dias q te bradei, sem resposta
Desafiavas-me, não te reconheço
Pouco te estimei e, foste desenvolvendo espaço vazio.

Vazio, Vão. Oco. Lembranças incompletas,
Palavras rasuradas, inconsequentes
Ofensas destronadas, gestos arrojados.
Só te recordo em bruto.
Ainda eras um molde por descortinar que,
Converti num todo, e basilar, vivias.

Reagias ao olhar, ao toque, ao coração,
E ao teu perfume, criámos a melodia certa
Meiguices dançantes, beijos memoráveis
Na tua música engrandeci.
Recordo-te (em) bruto.
És beijo que não esqueci.