segunda-feira, abril 24, 2006

O Amor também se revolta



Afinal o que é o Amor?
O Amor proclama, reclama, persevera…
Ninguém sabe responder o que é…
Diz-se só que é o que se sente...
…o que nos falta.
É fogo que arde sem ver…já dizia o Poeta
O fogo arde, e até quando …
a camuflagem que usamos, não nos consome a estima oferecida…
Não será assim?

Precisamos de amontoar tantas emoções
De abrigar tantos sentires conformados e impermeabilizados
Em cadafalsos adversos à realidade!

De momentos de consternação que interiorizamos,
Para que nos impeçam de esclarecer,
O que já há muito é fadado.
Opiniões, métodos, idiossincrasias correctas…
À beira dos encantos, vestimos a pele de personagens feitos de artimanhas, de luxúria, de jogos de seduções, de demência, e somos alvo de situações cómico-decandentes.

Criamos chavões e atitudes arredadas,
Eliminamos o que nos percorre as entranhas mais entranhadas …
Não enaltecendo tal e qualquer tipo, a existência, ou então, de que nos serve
Tantos esgares, tantos pressentimentos e, tantas ditas comoções que não são ditas.
Para quê?
Fortuna é só aquilo o que vem no dicionário!
Fado é só um sinónimo, de tantos, que conhecemos?!
Temas eloquentes que ficam só para os entendidos!

Tanto infortúnio para findarmos da mesma forma…
Não será noutros momentos da nossa vida…como a doença ou a morte
Que nos lamentamos do que perdemos, do que interrompemos…
E afinal o que é interromper, o que nem chegou a começar!
O Amor revolta-se…
Dão-se alvíssaras a quem O encontrar…

sexta-feira, abril 21, 2006

A revolta dos pasteis...

Quem não viu ontem a "Re-estreia" em directo da Revolta dos pasteis de nata, aconselho.

Tem novo look , novos actores, novos sketches.

O canal 2 vai repetir os directos de quinta-feira, aos sábados e domingos, à tarde a seguir à hora de almoço.

Ontem o tema era sobre a burocracia. O novo método, tão bem, apelidado pelo Estado português (ehehe) "Simplex".
Vai servir - pensamos todos nós - para desburocratizar os serviços públicos. Vai deixar de acontecer aquela máxima do papel.
- O papel? - qual papel? - O papel! - Mas qual papel?. - O papel.

quarta-feira, abril 19, 2006

Série de culto












Não percam, já, na segunda-feira a 6ª série.

...deixaste um beijo

Sonhava...
Alvoraçada acordei, e deslumbrei.
Ficou o teu cheiro, e a tua graça
deixaste um beijo,
No travesseiro.
Um afago correcto, privilégio doce
Ecos supérfluos...
Palavras desaprovadas, improperadas.
Nunca soubeste o que verbalizar.
Senti apenas uma brisa no ar, foras tu.
Não te julguei, nem te senti
Ao fundo a porta a bater.
Deixaste um adeus
Sei que foi um Adeus… dos que não voltam.

Pensei que o mundo fosse nosso.
Pelo que, o Sol continua a brilhar,
As flores continuam a nascer,
A chuva não pára de cair
Permanece a lembrança…
Deixaste apenas um beijo
No travesseiro.

segunda-feira, abril 03, 2006

Os coracões tb se gastam


«Passamos a vida a fugir de alguma coisa e à procura de outra. O nosso comum destino é chegar e partir.»

«Sempre tive mais medo de mulheres do que de homens, talvez pela mesma razão por que gosto tanto delas: são animais imprevisíveis»

Um conto de Pedro Paixão


Há dias, sabes, em que gostava de ser como o gato e que me tocasses sem desejar encontrar quaisquer sentimentos a não ser o que se exprime num espreguiçar muito lento - um vago agradecimento? - e que depois me deixasses deitado no sofá sem que nada pudesses levar da minha alma, pois nem saberias o que dela roubar.
(Assinar a pele, conto) P.P.

(Saudades de Nova York) - P.P.

Quem não está confuso corre o risco de estar enganado, pior, de se estar a enganar.

(Saudades de Nova York)