terça-feira, março 26, 2019



É neste espaço.
Tornou-se o único,
onde te encontro
Perto de mim!

É onde te falo
Sobre nós
É ...
Cantinho é segredo
Não há culpas
Não há julgamentos
Não há zangas
Há saudades
Sobrepostas e
Tantas e ardem
Como os beijos
Que chamam por nós,
É apenas neste recanto
Meu e nosso
Onde peço calmamente,
Escuta-me:
Te quero junto a mim
Apenas dizer-te quase tudo.

Foi sem querer que:
Te amei,
Se foste meu, não sei!
Me apercebi
Que viver na tua ausência,
Mal ou bem sobrevivi!

Ainda me sei,
Emaranhada em
Palpitações
transformadas emergentes
Perguntas e respostas
Desisti
Provas e provas
Nunca tive certezas
Duvidei de mim
Não mudei para ti
Nem tão pouco te busquei
Voltei atrás!

Através de ti
Via o meu fim
De te saber sempre
que te quis

É neste cantinho
que te digo quase tudo!





segunda-feira, março 25, 2019



Sempre o medo
O medo de ti
Dos outros
Dos mesmos...

Sempre o medo
O medo de eu te ficar
Tudo depende do medo
HOJE, fui um acaso!

O medo de tu me ficares
O medo de tanto,
O medo de muito, O medo!

A que sabe o medo da vontade
Aquele que promete desforra 
Só sabes que do medo não tens medo
E da coragem, tens medo que te apanhe!

É sempre o bom do medo
Ele te equilibra
O que te diz: o que fazer a seguir!
E que não te faz cair.
Cair era perderes-te!

Pões-te a adivinhar o que virá
É só o que interessa
Saber,
Gostas de saber
E mais é mais. ...
O que interessa não é sentir
É guardar que o sentes
Mesmo que o medo te encante e
Te sorva e te enleie...

Sentes alegria
por me saberes lá
Semeas a dúvida em mim...
Percebes que o encanto existe
Sentes controle por te lembrar
O que de bom aconteceu....
Mas é sempre o medo!

Esse foi o teu melhor objectivo
Tu ficares-me para sempre
Assim, sem ti!
Mas o medo cuida de ti
Afinal o que é o medo em ti?
É sempre o medo...
Ele que te salva de mim
O bom do medo!




sexta-feira, março 22, 2019

Diálogos


Ao teu modo banalizas
Palavras,
Transformadas em falas
Sempre jeitos iguais, eles te protegem
E perpetuam-se, são a tua arte.
Apoderam-se de ti e
Inabalável te fazem sentir
O banal, hoje, em ti
É porto seguro.

Derrubar a muralha
Do que és! Nunca!
O que fomos, afinal?
O que ainda somos?
Já não sei!
Algo no meio de tantos!

Intrinsecamente,
necessidade vital, é isso
Que te ampara
Vives mentirosamente
Como se o mundo te aprovasse!

Escondes quem és
A quem te lê e te sabe ler
Pensas dominar…
Deixámos de desconstruir
Eram Os nossos modos

Tentas mostrar
Que a tua voz testemunha
E letradas e doutas, aquelas
quão te aprouver ao mundo

Mais um dia,
Mais um Sol
Mais uma Lua Cheia
E mais uma noite
Que se torna invisível,
nenhum osculo nem vislumbre!

Carece em ti a alma de poeta,
Nunca a terás!
Os poetas sonham, sim! Dirias tu!
Ao que replico: Também amam!

A alma tem fome,
sente medo
E da circunstância se farta!
Ficar-te-ei no esquecimento,
Onde a razão de ser, vivia?

És o que sabes ser
O que sempre aprendeste
O que te faz ser quem és

Tenebrosamente,
Onde para esse teu ser de coração!
Andas à “cata” do misterioso
Por um fascínio
Que se disfarça no tempo
Que teima em não alterar
Tudo que relativizas,
Tornas-te e torna-se mais fácil!
Os homens só entendem a guerra, a paz confunde-os. É como o amor. Assusta-os.

A felicidade do sentimento assusta a quem não o reconhece
E a quem nunca o soube “desconfortável”,
Escolhe o exilio do que conhece,
à razão de si próprio!











terça-feira, março 19, 2019

Morte – Parte II




 

Certa manhã,

Compreendi que fraquejei

Até no som da saudade

A satisfação  

Ao segundo é combustão

E vinga-se e passeia

E ri-se soberana nas rotinas,

nem O sol espreita!

 

Os prantos, esses demoram

A agonia não perdoa,

E perturba lentamente,

E os meses me ganham,

Devagar…

E Saúdam veementes!

 

De que o sono nunca fora sublime

Esgota e seca

A luz esvai-se,

E nefasta

não tem prazo

E nas carências,

encontro o princípio do final

Mas se morresse!

 

Se eu morresse amanhã,

Só te deixaria as palavras:

Em cartas de amor

Desgostosas e erradas

Ou não, porém

Seriam de ti,

E, junto à corrente que

Constantemente me arranca,

Apenas na bela tristeza

Reconhecia-nos na música

E quão a partilhámos,

 

O vento continuaria a soprar

E as folhas continuariam a cair

No outono, ou outra estação do ano

E as ruas continuariam sem nome

 

Sim

Se eu morresse amanhã,

Escreveria um poema triste

E belo como tu

E apenas na sua tristeza,

O amor que disponho,

E que admito, fracassei:

Poria beleza em teu nome

Por mim, escrito

Nas ruas que nunca tiveram nome!

Morte - Parte I







É necessário que faleças


Em mim


A mim que me persegues


E que me lês …


Como uma questão proporcional


E relativizas tudo o que sou…


(com o resto do mundo)


Eu pereci ontem


Encerro hoje e falecerei amanhã


 


E se este perecer


Imperar na coragem


em te esquecer,


poderei sobreviver à formosura?


Aguardo que as cores, que o aroma


e que os cheiros do estio


Possam esconder e vencer


Este despotismo.


 


A menos que este bem querer


De te amar devagar


Me destrua de vez


E em tinta e em negro me guarde!


 


Esta cisma de amar distante


E de ver que não te vejo


Consome o meu amor


É um amar viajante


E cego, rouba-me o


Sossego


É onde eu me morro de amor


De te querer!

domingo, março 17, 2019

I'll never love again


Wish I could, I could've said goodbye
I would've said what I wanted to
Maybe even cried for you
If I knew it would be the last time
I would've broke my heart in two
Tryin' to save a part of you

Don't wanna feel another touch
Don't wanna start another fire
Don't wanna know another kiss
No other name falling off my lips
Don't wanna give my heart away
To another stranger
Or let another day begin
Won't even let the sunlight in
No, I'll never love again
I'll never love again, oh, oh, oh, oh

When we first met
I never thought that I would fall
I never thought that I'd find myself
Lying in your arms
And I want to pretend that it's not true
Oh baby, that you're gone
'Cause my world keeps turning, and turning, and turning
And I'm not moving on

Don't wanna…

                                                   LG

domingo, março 03, 2019

Corpo da alma

Posso enganar o corpo com outra pele, mas não o coração com outra alma!


No teu deserto


Encontro-te
A impunidade vence
A justiça divina não se manifesta
Por onde andas que foges de mim
A toda a hora

Assim como os acidentes naturais surgem.
E sem te esperar
Eu saí de ti, chegada a hora
A história sem o ser, findara.
Es o meu deserto.

Escondido era onde querias estar 
Era escape com jeito
Fosse o que fosse.
Afinal não era Amor!

À atenção conheci-te desatenta!
Por entre juntos carcomidos

De rios de sofrimento
O início de algo, e distrações foram
saindo de mim e finalmente
Entendi. Nao podias amar!

Eras como arma de arremesso
Que me deitava sem forças,
Força que eu perdera ....e
 isso importava
Eu importava e era significante
No teu mural universal
Em que te aprazia dominar
Similares palavras, vozes e ecos que feriam,
Eu que te ouvia com verdade
Comecei a amar-te
A quem nunca prendi
A quem deu um salto livre
A quem se quis a teu favor
A quem te amou desesperadamente
A quem te compreendeu.
Afinal precisavas de alguém
Para te escutares somente a ti

Será que vês
Ou só metade do queres ver
E rever ou reverter em prol de ti
Todos os dias, és um erro crasso
Que atinges os fracos
E aqui só os fracos amam.

Que amor é esse que vive
No choro, no chão, no ardor da alma
e que ainda me deixa sem paz

E aos fortes, estes queixam-se
De mentiras ,ou de verdades inventadas
E aos que não têm forma
dizem que o amor é injusto

Eu amo sem ti
E amo sem nunca mais te poder amar

O fim deixa-nos sem palavras
Qualquer que seja o fim
Algumas verdades demoram
o seu tempo
E um dia apanham-te!

E apanham da mesma forma
Que me reconheci em ti
Chegaste perto demais.
E mais foi mais.
Nunca mais chegava e quando
Chegou, foi o final

Foi  assustador e  belo,
Nem te apercebias
Como acendias uma luz em mim,
Como fazias chegar a nós o melhor de mim.

Só tu me fazias sorrir e até isso
Me levaste

Mas o amor não faz sentido
para quem está de fora.
Para quem nunca o conheceu.
Afinal estavas de fora.
Afinal amo sem ti
Amo-te na perda.
És o meu deserto!