sexta-feira, março 22, 2019

Diálogos


Ao teu modo banalizas
Palavras,
Transformadas em falas
Sempre jeitos iguais, eles te protegem
E perpetuam-se, são a tua arte.
Apoderam-se de ti e
Inabalável te fazem sentir
O banal, hoje, em ti
É porto seguro.

Derrubar a muralha
Do que és! Nunca!
O que fomos, afinal?
O que ainda somos?
Já não sei!
Algo no meio de tantos!

Intrinsecamente,
necessidade vital, é isso
Que te ampara
Vives mentirosamente
Como se o mundo te aprovasse!

Escondes quem és
A quem te lê e te sabe ler
Pensas dominar…
Deixámos de desconstruir
Eram Os nossos modos

Tentas mostrar
Que a tua voz testemunha
E letradas e doutas, aquelas
quão te aprouver ao mundo

Mais um dia,
Mais um Sol
Mais uma Lua Cheia
E mais uma noite
Que se torna invisível,
nenhum osculo nem vislumbre!

Carece em ti a alma de poeta,
Nunca a terás!
Os poetas sonham, sim! Dirias tu!
Ao que replico: Também amam!

A alma tem fome,
sente medo
E da circunstância se farta!
Ficar-te-ei no esquecimento,
Onde a razão de ser, vivia?

És o que sabes ser
O que sempre aprendeste
O que te faz ser quem és

Tenebrosamente,
Onde para esse teu ser de coração!
Andas à “cata” do misterioso
Por um fascínio
Que se disfarça no tempo
Que teima em não alterar
Tudo que relativizas,
Tornas-te e torna-se mais fácil!
Os homens só entendem a guerra, a paz confunde-os. É como o amor. Assusta-os.

A felicidade do sentimento assusta a quem não o reconhece
E a quem nunca o soube “desconfortável”,
Escolhe o exilio do que conhece,
à razão de si próprio!











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