Indiferenças, verdades, felicidades adquiridas, ou que pensamos adquiridas, desumanidades, apatias, egoísmo. Tanta falta de verdade paira em nós. Tanta palavra negativa, desumana, seca. Talvez precisemos delas para nos justificarmos. A nossa verdade. Afinal, o que é a verdade? O sofrimento. Será. Não será uma estrutura fixa, feita à nossa medida. A nossa sobrevivência depende de tudo isso. Amarguras e feridas que se arrastam e, que a muito custo, lhe conseguimos chegar. Faz-me lembrar quando vou sozinha à praia, e quero pôr protector nas costas. Há sempre uma zona inalcançavel.
Selfish...selfish...selfish... está na moda, não acham? Porquê?
A vida deveria transportar aprendizagem, prazer, e alegria de viver. As referências deveriam fazer parte da nossa vida. Por exemplo, os nossos pais deveriam passar para nós, o bom e o mau. Ou então, sabermos interpretar e discernir o bom do mau. C´est ça.
Se pensarmos que há gente, que nem referências tem para dar. Como fazer? Aprendemos da pior maneira. Não será assim? Dá uma visão nula e escassa de como agir.
O desconhecido gera em nós a melhor forma de defesa negativa. O amor, não será o amor que gera amor? Mas, e o ódio ou a raiva, outro sentimento forte. Ser-nos-à tão abundante, que o que vem sempre por aí, é odiarmos e julgarmos os outros.
A vida não é simples. Contudo, estamos sempre a dizer o contrário. Ela é simples, nós é que a complicamos. Será? Para os outros. Claro que para nós, é sempre pior. Um poço de más recordações, de más experiências. Há uma grande vaidade de intolerabilidade, para com os outros e uma dose enorme de inalterabilidade para connosco. O nosso paradigma. Os nossos padrões. Os que fomos construindo, ao longo da vida, com o que fomos vendo do mundo. As imagens são assimiladas pelo cérebro e geram, em nós, reacções. Ou as compreendemos e aceitamos. Ou então, carregamos sempre um saco atrelado a nós, toda a vida e quando precisamos, vá de tirar aquela imagem ou recordação - aprendizagem à nossa maneira, talvez - que nos parece mais conveniente para agir perante tal "imagem". É assim?
O significado das coisas/situações ultrapassa-nos e a simplicidade da vida, está mesmo ai.