terça-feira, julho 19, 2005

Significados...

Indiferenças, verdades, felicidades adquiridas, ou que pensamos adquiridas, desumanidades, apatias, egoísmo. Tanta falta de verdade paira em nós. Tanta palavra negativa, desumana, seca. Talvez precisemos delas para nos justificarmos. A nossa verdade. Afinal, o que é a verdade? O sofrimento. Será. Não será uma estrutura fixa, feita à nossa medida. A nossa sobrevivência depende de tudo isso. Amarguras e feridas que se arrastam e, que a muito custo, lhe conseguimos chegar. Faz-me lembrar quando vou sozinha à praia, e quero pôr protector nas costas. Há sempre uma zona inalcançavel.
Selfish...selfish...selfish... está na moda, não acham? Porquê?
A vida deveria transportar aprendizagem, prazer, e alegria de viver. As referências deveriam fazer parte da nossa vida. Por exemplo, os nossos pais deveriam passar para nós, o bom e o mau. Ou então, sabermos interpretar e discernir o bom do mau. C´est ça.
Se pensarmos que há gente, que nem referências tem para dar. Como fazer? Aprendemos da pior maneira. Não será assim? Dá uma visão nula e escassa de como agir.
O desconhecido gera em nós a melhor forma de defesa negativa. O amor, não será o amor que gera amor? Mas, e o ódio ou a raiva, outro sentimento forte. Ser-nos-à tão abundante, que o que vem sempre por aí, é odiarmos e julgarmos os outros.
A vida não é simples. Contudo, estamos sempre a dizer o contrário. Ela é simples, nós é que a complicamos. Será? Para os outros. Claro que para nós, é sempre pior. Um poço de más recordações, de más experiências. Há uma grande vaidade de intolerabilidade, para com os outros e uma dose enorme de inalterabilidade para connosco. O nosso paradigma. Os nossos padrões. Os que fomos construindo, ao longo da vida, com o que fomos vendo do mundo. As imagens são assimiladas pelo cérebro e geram, em nós, reacções. Ou as compreendemos e aceitamos. Ou então, carregamos sempre um saco atrelado a nós, toda a vida e quando precisamos, vá de tirar aquela imagem ou recordação - aprendizagem à nossa maneira, talvez - que nos parece mais conveniente para agir perante tal "imagem". É assim?
O significado das coisas/situações ultrapassa-nos e a simplicidade da vida, está mesmo ai.

quinta-feira, julho 14, 2005

tipo de filme

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Você é "O sétimo selo" de Ingmar Bergman. Você é intelectual, preocupado com ocultismos. E além de tudo é um mistério!!
Faça você também Que bom filme é você? Uma criação deO Mundo Insano da Abyssinia

quarta-feira, julho 13, 2005

Ocorre-me

Preto. Branco. Criança. Animal. Bébé. Genial.
Genuíno. Pensamento longíquo. Lógico.
O olhar meigo de uma criança.
O calor da pele funde-se na amizade que surge.
Despretensiosa. Despreocupada.
Ocorre-me um amigo. Tanto queria, ter um elefante bébé.
Agora sou feliz. Já tenho com quem falar.
Ocorre-me o nome ... patusco.

terça-feira, julho 12, 2005

Um Pouco de silêncio, ao invés


Shu... Deixa-me falar…
Há tanto, que te quero contar
Desbravas-me a alma, sequiosa, por desassossego.
Invades pela quietude de minutos, pouco antes de eu adormecer.
Prenúncio voraz.
Soas a gritos mudos, onde os nus coniventes se baralham na insegurança,

Shu... apoquentas-me, ensurdecência, e fazes-me mal, como te desejo.
Sobre (vivo) nesta mudez platónica, não reclamo o que sinto, nem o que contemplaria.
Quero-te nem que seja para te revelar e, logo a seguir, te olvidar.

Shu... permite, ao menos, que te cantarole ou encante, mesmo que o feitiço te insurja ténue.
Carregas certo silêncio que me desconcentra, insubordina-me, em azáfama, e esvaece-se.
Obedeço a atitudes, vão e vêm tardias sob a forma de quimeras ansiosas,
Afinal, não passas de um devaneio silencioso.
Sem principio, nem fim. Só me lembro do meio.

Que tal, resistir-te. Guardar-te no pensamento onde só existe beleza.
Shu … leio-te, cheiro-te, tento não esmiuçar o que não quero ver, mas inebrias-me com
um penetrante bom dia e, logo a seguir, me desamparas com um contido até amanhã.

Shu … escuta
Desfalecerás como todas as extravagâncias platónicas.
Não passas de mais uma inexequível.
Palavras que mal saem de tua boca, são gestos sem leitura possível.
Trejeitos e sons, como se palrasses com uma criança. É o que tu és. É o que eu sou.

Shu…deixa-me falar
Entendo-te. Infantilidade sadia e crescente.
Sonho e porque não? Se me coagi a escrever sobre ti, poderias ser Platão.
Platão, senhor dos amores impossíveis e imperturbáveis.
Corroem a couraça dos tolos, os que se apaixonam. Por tudo e por nada.
Silencio, ao invés, de te anunciar que me desamanhas
Distancio-me sem perdão, sem espera, nem aviso.

Não te ouvi chegar.