terça-feira, janeiro 30, 2007

o amor perde-se com o tempo

O tempo desgasta , a ausência apodrece a hilaridade
Peço que o riso não me abandone quando me apetecer chorar
Não quero perder aquela vontade d´ amar
Se a perco, jamais e incapaz de amar…
Darei o quê, se a frustração e o abalo vencem,
A Inutilidade pode vencer, serei senão eu própria…
Tantos desenganos, ora a vida nos proporciona
E não conseguimos ver que uma das armas mais poderosas, vai tecendo e traçando fios e fios de horas, algumas mais desinteressantes à espera de, acordarmos um dia, até que padeçamos e vejamos o que desaproveitámos.

Oh vida.
O quão importante é, não nos vergarmos à tua impaciência.
Por tão desajustada e oca que sejas, às vezes, seria bom que te contemplássemos, como um puzzle com tantas e diferentes peças e no fim de cada dia, tivéssemos a capacidade de parar e encaixar mais uma que, ontem ou na semana passada, nos parecia tão inacabada.

Como aprendemos?

Não sabemos, vamos sabendo … à medida do nosso tempo
à dimensão do desgaste. E aperfeiçoarmos esse desgaste.
Podemos combatê-lo… mas para quê?
O desgaste gera desgaste… e o cansaço vence.
Quantas vezes já me perguntei…porquê gastar energias em algo que não tem assim tanta importância. A lucidez da alma acompanha este processo. Se não conseguirmos abstrairmo-nos disso, o que julgamos não ser importante, é-o de facto. É outro puzzle que vamos deixando de lado, até que se amontoem muitos puzzles na nossa vida.
Esta perspectiva “puzzlianesca” tem alguma lógica, para mim, no sentido em que posso pegar neste facto concreto, para entender a minha vida e como ela tem decorrido aos meus olhos ao tempo e desgaste que me tem proporcionado.

Quem dera que me fosse mais fácil aguentar e ultrapassar o poder que, por vezes, ela tem.