quinta-feira, janeiro 11, 2018

vida Suspensa

E agora...
Há muito tempo que o é...

Conheço-me suspensa...
mas não quero, nem sequer sentir 
és tempo irresoluto e, aceito.
Se te aceito, porque me agarras?
não quero, mais, sentir-me assim!
Peço para que me deixes (de sentir)!

Estes anos, semanas, e dias a fio
parecem décadas ...
E perdi o leme!
Até quando me entrego ao sono,
é desorientado, e desorientei-me de mim
E não encontro saída ... 
Vagueio algures em nenhures
entre saudades e saudades!

E agora
Há muito que o é...

Ora sem destino,
vagarosamente flutuo à passagem dos dias
e, vou sendo remendo em ascensão,
numa insignificância sem fim.

Nao importa, mas importas a parte...
àquela que não controlo:
"O que sentes e o que pensas
repousa no teu âmago
nunca te enlaçaste...
E serás sempre um perdido"

Quem eras...
O que sabias...
O que conhecias..
E o que querias de mim:
sempre foi de ti,
sempre fiel ao teu oculto...

Nas tuas profundezas 
jamais compreendi os ventos impetuosos,
perverteste-me, por momentos...
e deixei: levaste-me a bem, o todo que te dei
só a tua alma sabia o que eu seria ...
um alvo da tua cruzada!
finalmente...A tristeza se foi...
E estás de bem, contigo!

E agora
Há muito que o é...

tudo acontece dentro de mim ..
E neste período de cura
as tentativas espreitam, e não se fatigam ...
chamo a paz para que me acolha ...
brado até, e não dá tréguas,
a minha alma vive em ruína..
parte-se em pedaços... aos poucos
os danos transformam-se valentes,
em permanente sobressalto!

Não! A valentia será sempre minha..

E agora
Há muito que o é...

Desesperada, uno os fragmentos visíveis
para não me afundar!
sinto-me a mudar,
tal crisálida invertida
E sei que, , não sou quem sou!